sexta-feira, 24 de agosto de 2012

E depois dizem que é seguro



http://pt.euronews.com/ Todo o setor nuclear na Bélgica está a ser colocado em questão. O encerramento do reator 3 da central de Doel, em junho, devido à descoberta de fissuras no isolamento, levantou críticas sobre a eficácia dos sistemas de controlo nacionais, que não terão detetado atempadamente anomalias suscetíveis de provocar um acidente de larga escala.

As autoridades belgas não afastam a possibilidade de fechar definitivamente a central de Doel, responsável pelo fornecimento de 30 por cento da eletricidade do país. Enquanto decorrem as inspeções, especialistas como Eric de Keuleneers, afirmam que a Bélgica precisa doutras reservas energéticas, porque "em períodos de elevado consumo, pode ser vantajoso importar eletricidade."

As suspeitas sobre as condições de segurança abrangem, agora, todas as centrais, como a de Doel, construídas pela empresa holandesa RDM, que entretanto fechou. Só na União Europeia, nove reatores têm de ser avaliados, concretamente na Holanda, Alemanha, Suécia e Espanha.

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

10. Cinco mamíferos são extintos da Mata Atlântica

fonte:  http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=83723 

Não é de hoje que biólogos da conservação sabem que pequenos fragmentos de floresta tropical, em meio a fazendas ou cidades, pouco contribuem para a sobrevivência de animais de médio e grande porte, que precisam de espaço para locomoção, alimentação e reprodução. Novo estudo de pesquisadores brasileiros mostra que, pelo menos para a Mata Atlântica, a realidade desafia essa teoria clássica.

Mesmo grandes remanescentes estão sendo incapazes de manter a biodiversidade. Sem proteção efetiva que impeça a entrada de pessoas, a pressão histórica e atual de caçadores diminui os benefícios de ter uma área remanescente grande com uma floresta relativamente intacta, explica o biólogo Carlos Peres, da Universidade East Anglia, que liderou a pesquisa publicada na revista PLoS ONE.

O trabalho inventariou 18 espécies de mamíferos em 196 fragmentos ao longo da Mata Atlântica, o bioma mais ameaçado, que já perdeu cerca de 90 % da cobertura original. Mais de 205 mil km de estradas foram percorridos. Os pesquisadores descobriram que cinco delas tinham sido totalmente ou virtualmente extintas numa escala regional: queixada, onça-pintada, anta, muriqui e tamanduá-bandeira. E observaram que o fator que fez mais diferença para a manutenção da biodiversidade foi uma proteção efetiva da área. Isso ficou claro quando compararam fragmentos de tamanhos parecidos em que a diferença entre era o nível de proteção - os mais protegidos tinham mais animais.

E falar em proteção significa não apenas criar unidades de conservação. Em muitos casos elas existem, mas não estão implementadas nem têm segurança, sendo incapazes de impedir, por exemplo, a entrada de caçadores ou madeireiros. "Apenas cinco dos remanescentes investigados eram protegidos na prática e foram os que apresentaram as maiores taxas de retenção de espécies", diz Peres.

A situação se mostrou mais crítica nos fragmentos da Mata Atlântica na porção oeste do Nordeste, onde há menos unidades de conservação. "A disponibilidade de proteína animal nessa região é baixa, por conta das altas taxa de densidade demográfica na zona rural. A economia de muitas casas de baixa renda é subsidiada por um padrão de caça que varia de recreativo à subsistência. Só a fauna relativamente tolerante a essa pressão persiste", conta Peres.

Muitas espécies de mamíferos desapareceram até do folclore. "Ninguém nunca viu um muriqui ou um tamanduá-bandeira. Naquele caso, as reservas já chegariam atrasadas", complementa Gustavo Canale, primeiro autor do artigo, que fez a pesquisa para seu doutorado na Universidade de Cambridge (Inglaterra). "Mesmo se existirem populações muito isoladas, elas estão tão reduzidas que já não são mais viáveis", diz o biólogo, professor da Universidade Estadual de Mato Grosso. "A gente vê aquela mata bonita, acha que tem bicho, mas a verdade é que são florestas vazias."

Entre janeiro de 2004 e janeiro de 2006, ele, Peres e colegas entrevistaram 8.846 pessoas que viviam no entorno dos remanescentes florestais havia pelo menos 15 anos. Tinham intimidade com a mata. Em muitos casos eram caçadores ou madeireiros, apesar de ninguém se declarar como tal. "Todo mundo fala que come a carne daqueles bichos, mas ninguém admite que caça", conta Canale.

A análise mostrou uma taxa impressionante de extinções locais na fauna de mamíferos. De 3.528 populações possíveis de existir nos 196 fragmentos, 767 foram contabilizadas. Os remanescentes retinham 3,9 das 18 espécies investigadas.
(O Estado de São Paulo)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Animação de artista japonês mapeia testes atômicos pelo mundo





Animação de artista japonês mapeia testes atômicos pelo mundo 

Sugerida pelo leitor Alexandre Chareti, de São Paulo (SP), a animação do artista japonês Isao Hashimoto rastreia os mais de 2.000 testes atômicos realizados no mundo entre 1945 --quando os EUA iniciaram explosões no meio do deserto-- e 1998 --com os testes paquistaneses.
 
A era nuclear começou, de fato, em 16 de julho de 1945, quando os EUA explodiram a primeira bomba atômica da história, no deserto do Novo México (no sul do país). A explosão era parte do chamado Projeto Manhattan. Era também a preparação para os ataques nucleares às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, que seleram o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45).
 
Ao longo da segunda metade do século 20, em meio à corrida armamentista da Guerra Fria, as potências vencedoras do conflito iniciado em 1939 aperfeiçoaram os testes com armas nucleares em locais isolados, mais, ainda assim, sujeitos aos riscos de contaminação via efeitos radioativos.
 
Assim, EUA, União Soviética, Reino Unido e França deram forte e perigoso impulso à ameaça nuclear --os quatro países realizaram quase que a totalidade dos testes. China, Índia e Paquistão (países densamente povoados) também entraram na corrida atômica, realizando testes em seus próprios territórios.
 
A animação de Hashimoto não confirma testes atômicos na Coreia do Norte ou em Israel.
 
Em meio aos alertas gerados em 1945, quando milhares de japoneses sucumbiram nos cogumelos atômicos de Hiroshima e Nagasaki, e mais recentemente, nos acidentes em usinas nucleares na Ucrânia (Tchernobil, 1986) e no Japão (Fukushima, 2011), o mundo está repensando sua interação com essa potente fonte de energia e destruição.